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"Ele conhecia a minha mãe?", perguntei ao Bernard.
"Muitas pessoas conhecem a tua mãe. Apesar de ela já não existir, continua muito presente nas nossas orações."
"Ela vinha aqui comer?"
"Sentou-se muitas vezes na mesma cadeira, onde agora estás."
Tentei imaginá-la ali sentada e não consegui. O que estava a descobrir não encaixava com a imagem que ao longo dos anos tinha criado sobre a mulher que morrera para eu nascer.
"Contudo, isso é o passado que é bonito recordar, mas que não interessa para agora", disse-me o Bernard.
"O que é que tu estás aqui a fazer?", perguntou-me.
"Não sei"
"Porque é que não estás em tua casa a almoçar com o teu pai?"
O que estaria o Regedor a pensar naquele momento? Estaria triste? Sentiria a minha falta?
"Porque tive de fugir. Eu só podia fugir. Foi horrível"

3 comentários:

je disse...

Porque é que não estás em tua casa a almoçar com o teu pai?

Sentimos a tua falta!

:)

Andorinha disse...

Perdi-me...vou voltar ao início...brb!
bjs

Andorinha disse...

Pq não continuas?