Já chega de histórias de Deus

Deus é um conceito tão humano, que no Ocidente, o auge da nossa vaidade, concebemos Deus à nossa semelhança. Não acredito em Deus. Este facto leva a que me chamem ateu. Discordo. Simplesmente não acredito no conceito actual de Deus. Não precisam de me atribuir uma etiqueta. Não a quero.

A um nível bastante mais prático, as igrejas são instituições curiosas e de poder imenso sobre a humanidade. Adoramos viver histórias, passamos a vida a contá-las, a reescrever a nossa vida, a limá-la conforme os nossos receios e esperanças. As igrejas também vivem das histórias. É extraordinário que os rituais cristãos revivam constantemente um passado longíquo, reescrito inúmeras vezes com os mais variados propósitos. As igrejas cristãs revivem uma ceia ocorrida não se sabe quando, à espera de que alguém regresse. Passam a vida no Passado em busca do Futuro. E que tal viver o Presente.

A verdade é que as igrejas exploram uma componente humana, com a qual mais ninguém sabe lidar, a componente espiritual. Eu acompanho e vivo alguns projectos católicos e fascina-me a energia gerada pelo nosso lado espiritual. Hoje busco viver o espiritual desprendido de igrejas, de dogmas, de padrões e de deuses.

Estou a explorar a Partilha e o Agora.

1 comentário:

je disse...

Eu diria mesmo já chega de *histórias*, mas isto é mais um desejo que outra coisa :)